Pela 1ª vez no AC, Seminário Internacional de Bioeconomia promove discussões sobre desenvolvimento sustentável; saiba como participar
21/06/2025
(Foto: Reprodução) Txai Amazônia reunirá representantes dos nove estados da Amazônia Legal, além de lideranças indígenas, empreendedores da floresta, pesquisadores, instituições, governos e redes internacionais em painéis e cases de sucesso de 25 a 28 de junho. Inscrições podem ser feitas pela internet. Evento acontece pela primeira vez e o Acre foi a sede escolhida
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O Seminário Internacional de Bioeconomia e Desenvolvimento Sustentável Txai Amazônia, que reunirá representantes dos nove estados da Amazônia Legal, lideranças indígenas, empreendedores da floresta, pesquisadores, instituições, governos e redes internacionais, ocorre pela primeira vez no Acre entre os dias 25 a 28 de junho. (Confira a programação completa abaixo)
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O evento contará com painéis temáticos, experiências culturais e os principais cases de sucesso da bioeconomia amazônica. De acordo com os organizadores do evento, o local será um "espaço de encontros entre tradição e futuro, saberes ancestrais e inovação".
As vagas são limitadas, sendo 150 para participação nos painéis temáticos e 25 para acesso às atividades dos cases de sucesso, que serão as visitas e rodas de conversa. Para participar, os interessados podem se inscrever através do link.
O evento é promovido pelo Instituto Sapien, que é uma Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação (ICT), em parceria com governo do Acre. O presidente do Instituto Sapien, Lucas Varela, disse que a escolha pelo Acre se deu por dois motivos principais: o protagonismo socioambiental e a atuação integrada entre governo e sociedade.
"O estado tem reconhecimento nacional e internacional por iniciativas pioneiras na valorização da floresta em pé e no desenvolvimento socioeconômico. Também conta com uma articulação consolidada entre instituições públicas, universidades, organizações indígenas, fundações de pesquisa e movimentos sociais", disse ele.
Lucas falou ainda que o seminário pretende promover o diálogo entre saberes tradicionais e conhecimentos técnicos, valorizando experiências de comunidades indígenas, extrativistas e ribeirinhas, além de identificar e divulgar boas práticas em desenvolvimento sustentável.
"O Txai Amazônia busca incentivar a formulação e o alinhamento de políticas públicas integradas, com foco em serviços ambientais, governança territorial, mudanças climáticas e inclusão social e também fomentar parcerias e redes de cooperação entre governos, academia, setor produtivo e sociedade civil, incluindo atores internacionais", comentou ele.
Será publicada, no final do evento, uma Carta de Proposições do Txai Amazônia, um documento com as deliberações, propostas e encaminhamentos construídos durante o seminário. Esse material será entregue ao Governo do Acre, ao Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional e a instituições parceiras, solicitando políticas e projetos na região.
Seminário Internacional de bioeconomia e desenvolvimento sustentável acontece no AC
Seminários
Entre painéis, cases de sucesso e apresentações, o objetivo das conferências é impulsionar a bioeconomia e os serviços ambientais, promovendo a sociobiodiversidade da Amazônia brasileira por meio do diálogo. Além disso, a ideia é valorizar os conhecimentos e as práticas tradicionais dos povos da floresta, integrando-os com as mais recentes inovações tecnológicas.
Além da convenção, durante o evento haverá apresentações de cinema, música, teatro e graffiti. As informações sobre as exposições e mostras podem ser conferidas nas redes sociais do evento.
A programação temática do TXAI Amazônia foi estruturada em sete eixos centrais que abordam os principais desafios e oportunidades para o fortalecimento da bioeconomia e dos serviços socioambientais na Amazônia.
Cada eixo reúne painéis compostos por especialistas, lideranças tradicionais, gestores públicos e representantes do setor produtivo, que trarão reflexões e experiências sobre temas como sociobiodiversidade, saberes tradicionais, inovação, governança, financiamento, mudanças climáticas e cadeias produtivas sustentáveis.
As resoluções sobre as discussões que acontecerão durante o evento, serão levadas à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que acontece esse ano no Brasil, mais precisamente em Belém do Pará.
Informações sobre o evento que acontece no AC podem ser conferidas no instagram ou no site
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Uma das presenças confirmadas é a do ministro das Relações Exteriores do Brasil, Carlos Parkinson. Durante o evento, ele deve participar do painel sobre a Cooperação para o Desenvolvimento da Bioeconomia Pan-Amazônica.
Confira abaixo os painéis que irão acontecer durante o evento e quais as discussões de cada um:
Painel: O olhar indígena na construção dos conceitos de Sociobiodiversidade e Sociobioeconomia (Destaca a valorização dos saberes indígenas e os impactos da bioeconomia moderna em seus territórios, reforçando a importância das salvaguardas culturais).
Painel: Mulheres da Amazônia e sustentabilidade (Discute o papel das mulheres no desenvolvimento da Amazônia, com foco na liderança feminina na bioeconomia e agricultura familiar, por meio de casos de sucesso).
Painel: Saberes e fazeres tradicionais na bioeconomia (Debate a integração entre ciência e saberes tradicionais, os desafios da inovação e o papel das comunidades e startups na industrialização sustentável de bioprodutos).
Painel: Manejo madeireiro e Bambu na Amazônia (Aborda práticas sustentáveis e tecnologias aplicadas ao manejo florestal e ao uso do bambu, com foco em agregação de valor e conservação).
Painel: Extrativismo Sustentável e economia regional (Discute políticas públicas e estratégias nacionais para a bioeconomia, destacando os desafios conceituais e a importância de evitar erros do passado).
Painel: Integração Pan-Amazônica para a bioeconomia (Debate a importância das rotas de integração regional e internacional para a competitividade dos produtos da bioeconomia amazônica).
Painel: Plano Nacional da Bioeconomia (Apresenta a Estratégia Nacional de Bioeconomia e propõe reflexões sobre a efetividade e os riscos de repetição de modelos anteriores).
Painel: Agricultura familiar e bioeconomia na Amazônia (Aponta oportunidades de conexão entre bioeconomia e agricultura familiar, com foco em inovação e boas práticas já em curso).
Painel: Bioeconomia e Agro: convergências possíveis (Analisa como a bioeconomia e o agro podem se complementar na geração de valor e conservação ambiental, superando visões de conflito).
Painel: Instrumentos públicos de financiamento (Foca em oportunidades e mecanismos de financiamento público e internacional para impulsionar a bioeconomia e os serviços ambientais).
Painel: Investimento privado e bioeconomia (Aponta caminhos para ampliar o papel do capital privado no fortalecimento da bioeconomia amazônica).
Painel: SISA: modelo de desenvolvimento jurisdicional (Apresenta o SISA como referência em serviços ambientais e destaca o protagonismo dos povos indígenas e tradicionais na sua implementação).
Painel: Gestão territorial e clima: uso sustentável da terra (Explora soluções de governança territorial em áreas protegidas com foco na mitigação das mudanças climáticas e bem-estar das comunidades).
Painel: Integração de saberes e qualificação (Propõe a articulação entre conhecimento científico e saberes tradicionais para qualificar a bioeconomia amazônica).
Painel: Pesquisa aplicada à industrialização da bioeconomia (Aborda os gargalos tecnológicos e a necessidade de sistemas integrados de produção, processamento e comercialização com uso de IA, redes colaborativas e logística inteligente).
Já os cases de sucesso foram selecionados por uma curadoria que buscou olhar à diversidade, inovação e impacto social na floresta. As informações completas sobre cada case podem ser conferidas através do site txaiamazonia.com.br.
Seminário irá discutir preservação ambiental e saberes tradicionais no AC
Cedida
Programação - TXAI Amazônia
25/06 (Quarta-feira)
07h - Credenciamento
07h30 - Boas vindas (Coffee break)
8h - Cerimônia de abertura (contará com a presença do Presidente Instituto Sapien, Lucas Varela autoridades dos poderes Executivo e Legislativo do Acre e dos nove estados da Amazônia Legal, além de representantes do Peru e da Bolívia)
9h30 - Painel: O olhar indígena para a construção dos conceitos de de "Sociobiodiversidade" e "Sociobioeconomia". (Mediadora: Francisca Arara - Secretária Extraordinária dos Povos Indígenas do Acre)
11h - Painel: Plano Nacional da Bioeconomia (Mediador: Marky Brito - Diretor de Desenvolvimento Regional - Secretaria de Estado de Planejamento Acre)
14h - Painel: Manejo florestal madeireiro e Bambu da Amazônia (Mediador: Marcos Rino - Engenheiro Florestal)
15h30 - Painel: Financiamento da Bioeconomia-Financiamentos da Bioeconomia Instrumentos financeiros para bioeconomia e serviços ambientais: Oportunidade pública e internacional (Mediadora: Alessandra Peres - Diretora de Mudanças do Clima e Climate Finance para LAC e Africa)
16h30 - Painel: Bioeconomia e Agro: O quanto o Agro pode ser Bioeconomico e o quanto a bioeconomia pode ser Agro (Mediador: Edivan Maciel - Secretário Adjunto de Agricultura do Acre)
26/06 (Quinta-feira)
07h30 - Credenciamento
8h - Boas vindas (Coffee break)
9h - Painel: Integração de Saberes: Ciência, Tradição e Qualificação para a Bioeconomia Amazônica (Mediadora: Terezinha Aparecida Borges Dias - Pesquisadora - Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia)
10h - Painel: Extrativismo Sustentável e os impactos para a Economia da Amazônia (Mediador: Eufran Amaral - Pesquisador da Embrapa Acre)
11h - Painel: Plano Nacional da Bioeconomia (Mediador: Marky Brito - Diretor de Desenvolvimento Regional - Secretaria de Estado de Planejamento Acre)
14h - Painel: A agricultura familiar e a bioeconomia na Amazônia (Mediador: Daniel Alex Fortunato - Secretário de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional)
15h30 - Painel: O gênero e a preservação do meio ambiente: o papel das mulheres da Amazônia no desenvolvimento da Bioeconomia (Mediadora: Professora Andréia Alechandre - PZ/UFAC)
16h30 - Painel: Financiamento privado para Bioeconomia Instrumentos financeiros para bioeconomia e serviços ambientais: Oportunidades privadas (Mediador: Eugênio Pantoja - Gerente sênior de Performance Social da Hydro)
27/06 (Sexta-feira)
07h30 - Credenciamento
8h - Boas vindas (Coffee break)
9h - Painel: Cooperação para o Desenvolvimento da Bioeconomia Pan-Amazônica: Rota de Integração Regional e Internacional (Mediadora: Terezinha Aparecida Borges Dias - Pesquisadora - Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia) E a presença do Ministro.
10h - Painel: Uso da terra com sabedoria como base para a gestão territorial de terras protegidas e mitigação às mudanças climáticas (Mediador: Eufran Amaral - Pesquisador da Embrapa Acre)
14h - Painel: Ciência, tecnologia e Ancestralidade: Unindo forças para a bioeconomia (Mediador: Davilson Cunha - coordenador de Desenvolvimento Regional da Fundação de Pesquisas do Estado do Acre (Fapac))
15h30 -Painel: Plano Nacional da Bioeconomia (Mediador: Marky Brito - Diretor de Desenvolvimento Regional - Secretaria de Estado de Planejamento Acre)
15h30 - Painel: Do Acre para o mundo: O SISA como estratégia de desenvolvimento jurisdicional (Mediador: Eufran Amaral - Pesquisador da Embrapa Acre)
16h30 - Painel: Comunidades Tradicionais e a sua diversidade cultural : Saberes, fazeres e a Bioeconomia (Mediadora: Nedina Yawanawa - Diretoria Indígena da Secretaria do Meio Ambiente e das Políticas Indígenas do Acre)
28/06 (Sábado)
14h - Painel - Levantamento e Identificação da bioeconomia e da sociobiodiversidade na Amazônia (Mediador: Eugênio Pantoja - Gerente sênior de Performance Social da Hydro)
15h - Conferência (Conferência plenária - Realização de 01 conferência aberta híbrida com participação de delegações estaduais e da sociedade civil mediada pelo instituto Sapien)
18h - Encerramento
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